domingo, 15 de dezembro de 2024

Uma relíquia portuense em Guimarães?

Uma viagem que hoje fiz à cidade de Guimarães deu-me a oportunidade de ver in loco um mesa de pedra, na verdade de nenhum efeito especial, mas que poderá ser uma relíquia do primeiro convento dominicano do Porto, extinto em 1832... A mesa, hoje na sacristia da igreja do antigo convento da OP vimaranense, apresento-a na imagem abaixo. E a seguir, o contexto para este meu desconfiar...


a mesa em questão, na sacristia da antiga igreja dominicana de Guimarães (templo paroquial da freguesia de S. Paio, desde 1914)


Um dos volumes do antigo cartório do primeiro convento dominicano portuense, que se encontram no Arquivo Nacional Torre do Tombo, é um pequeno Livro dos Conselhos iniciado em 1773 e terminado em 1831. Ele regista várias notas relevantes para a história do convento e mesmo da cidade, das quais destaco para aqui duas referentes à desafetação ao culto da "igreja velha". De facto, com a utilização, a partir de 1778, da igreja quase nova dos antigos e extintos terceiros, a comunidade deixara de utilizar a igreja original, medieval, cuja sacristia a ela anexa foi também fechada e inutilizada na sequência de um incêndio de contornos dúbios, ocorrido em 24 de abril daquele ano.

Alguns anos depois, em Janeiro de 1791, era proposto em conselho a venda do ouro de uns retábulos velhos que se encontravam no antigo templo, e que se ia consumindo com a passagem do tempo. Essa venda -- por 9 moedas -- foi aceite, ficando a madeira dos retábulos para a comunidade (qual o seu destino?). Ainda relacionada com a igreja, uma outra reunião do conselho ocorrida em 18 de maio de 1801, dá-nos a precisa data em que foi decidida a sua redução a armazém, informando o texto «...que não servindo para nada a igreja queimada, serviria de grande utilidade para o convento cobrindo-se de madeira e telha para servir de armazém, precedendo profanação e trasladação dos ossos para lugar sagrado e decente, e tendo já aprovado esta obra o Reverendíssimo Padre Provincial, frei Nuno de Silva Teles». É para duvidar que os ossos tenham sido trasladados, dada a grande quantidade de ossadas ali descobertas em 1865 e 1866, aquando da demolição. Mas a verdade é que a igreja foi de facto consignada para armazém. Chocante destino se proporcionado no pós revolução liberal; ainda mais chocante a meu ver, ter sido decisão da própria comunidade (hoje mesmo, ao entrar na igreja do convento irmão em Guimarães, de traça idêntica, não pude deixar de pensar no inglório fim que a igreja portuense teve).


ruína do convento de S. Domingos do Porto, imediatamente antes da demolição final (pormenor de uma imagem do CPF)


Mas é na reunião da comunidade de 10 de setembro de 1805 que surge a informação mais relevante para esta publicação, onde em capítulo é proposto «que a sacristia antiga se achava fechada sem uso nem esperanças de que o pudesse ter. Tanto que [a] antiga igreja queimada por se não poder reedificar se achava profanada e reduzida a armazém, e que o mesmo se podia fazer da sacristia antiga, e que quando menos renderia para a fábrica do seu telhado … assentaram que se reduzisse [a] armazém». propôs também o prior que «se deviam tirar os caixões e a mesa de pedra que nela havia e que por não ter utilidade devia vender-se». Todos concordaram, uma vez que a sacristia atual tinha já uma mesa, e sendo esta sacristia pequena não era possível lá colocar a da velha.

Foi dito também que o convento de Guimarães tinha necessidade de uma mesa nova e que estavam dispostos a dar por ela 12.000 reis, ao que um dos conventuais contrapôs que por ela dava 19.000 mil reis. No entanto, a comunidade, ponderando que este não precisava dela na sua cela, nem nela a podia acomodar, concluíram que só a poderia querer para a retrovender ou servir a alguma corporação. Mas, como o concelho não chegou a um acordo, o prior levou a questão ao padre provincial que foi favorável à sua compra pelo convento de Guimarães, pois que mesmo pela diferença de valor, não deveria «deixar de ser contemplado um convento da ordem, que não é rico». Assim, em capítulo, «foi determinado e convencido por votos que se remetesse para Guimarães a referida pedra pela quantia de doze mil e outocentos reis, e que se profanasse a sacristia, e que se tirassem os caixões e o retábulo por modo que ficasse hábil para servir de armazém».


E foi assim, caro leitor, que a mesa de pedra viajou para o Minho. Será ela a que hoje podemos ver no pequeno museu que é a sacristia da igreja do antigo convento vimaranense?

Viriato

sábado, 14 de dezembro de 2024

As primeiras praças de touros do Porto

As notícias que se seguem são retiradas de O Comércio do Porto, neste caso do primeiro semestre de 1870, ano em que foram construídas as duas primeiras praças de touros permanentes da cidade do Porto: uma na Boavista e a outra no largo da Aguardente (hoje praça Marquês de Pombal). Abaixo vem a descrição daquela que se localizava na Aguardente, publicada a 31 de Março, aquando da ultimação dos trabalhos de construção:

«O espaço reservado às corridas mede 36m de largura; a distância da primeira à segunda trincheira é de 1,2m e o espaço desta ao tapamento; isto é, à largura das galerias é de 7,5m. Além de uma ordem de 52 camarotes, tem no correr destes uma galeria superior. Em frente da porta do cavaleiro fica o camarote da autoridade. Por baixo desta ficam a enfermaria, o escritório e outros compartimentos. O camarote real fica superior ao da autoridade. Por cima da porta do cavaleiro fica o camarote da empresa e por cima deste o coreto de música. Nos corredores, por baixo das galerias ficam as cavalariças e quartos para os moços e homens de forcado. A praça é toda construída de madeira de forma quase idêntica à da Boavista e tem lugar para 8.000 pessoas.»

Quando esta notícia foi publicada já a praça da Boavista tinha sido inaugurada, sendo portanto essa e não esta, a primeira a ser colocada à disposição dos aficionados. Neste seguimento, recuemos então alguns dias para ficarmos agora com alguns apontamentos noticiosos sobre a primeira delas, a da Boavista, inaugurada umas semanas antes da da Aguardente.

i1 o Real Coliseu Portuense, única praça construída de materiais não perecíveis, situava-se no miolo do quarteirão do Tabernáculo Baptista. Nesta imagem vê-se também, acima do recinto, parte da recolha da CCFP/STCP da Boavista (onde hoje se encontra a Casa da Música) e o cemitério de Agramonte, à esquerda - ver aqui.


A fonte é, como sempre, O Comércio do Porto, e nesta primeira notícia, de 22 de março, temos a chegada do gado que iria ser corrido:
«Anteontem à noute atravessou a cidade o gado que vem para ser corrido na [inauguração] da praça de touros da Boavista. A manada compunha-se ao todo de 22 cabeças, entrando neste número 4 chocas. É portanto de 18 o número de touros que tem de entrar nesta corrida(1). Informam-nos que são dos campos de Tentúgal, das manadas pertencentes aos lavradores os Srs. Bento Pena e Francisco Maria Correia Soares e Brito. Alguns amadores e outras pessoas foram esperar o gado. Os proprietários do circo tencionam dar a primeira corrida de touros na próxima 6a feira. Chegou também ao Porto o gosto por este bárbaro divertimento. E foi tão intenso este acesso de paixão tauromática, que, em vez de um circo, se levantaram logo dous, para adoçar os costumes do povo com estes espectáculos de sangue. Ò civilização, repugnante seria o teu destino, se fosses isto!».

O gado ficava guardado nos campos pertencentes ao lavradores da zona da Foz enquanto esperava para ser corrido. Tratam-se provavelmente de terrenos hoje ocupados pela Foz Nova, Nevogilde e poente da futura avenida da Boavista, que nessa altura não tinha a extensão que hoje lhe conhecemos. Como facto curioso (pelo menos para o autor destas linhas) aqui fica uma outra notícia, do mesmo jornal e datada de 24 de março, onde se dá a conhecer como foi atribuído o alvará da Praça de Touros da Boavista:

«Pelo Governo Civil foi passado o competente alvará de licença ao empresário da Praça de Touros na rua da Boavista para dar espectáculos na mencionada praça. O empresário obrigou-se a depositar no Governo Civil 30$000 réis para qualquer estabelecimento de beneficiência em seguida a cada corrida que ali tenha lugar, sendo com esta cláusula que lhe foi concedida a licença».

No ano seguinte nova praça surge na "rua da Boavista", local que era, à data, longe do centro da cidade. Para quem tiver paciência de a ler, vale a pena, pelo pitoresco do que descreve, ao qual ajuda também o tipo de escrita:

«Inaugurou-se na 6ª feira, com a primeira corrida, como estava anunciado, a praça de touros que se acaba de construir na rua da Boavista. O gado, segundo requerem as exigências tauromáticas, em geral foi mau, o que tornou a corrida destituída de interesse para os amadores. Apenas dous ou três dos touros foram sofríveis, havendo principalmente um, que era destemido e fino, dando que fazer aos capinhas. Pontes e Calabaça meteram bem alguns ferros, fazendo o segundo, além disso, alguns saltos à vara curta. Ambos foram muito aplaudidos, especialmente o último. O cavaleiro Batalha fez bem as cortesias e meteu alguns ferros curtos com muita destreza. Foi por isso muito vitoriado, recebendo um bouquet. Os outros capinhas pouco se distinguiram, porque o gado não se prestava a isso. Os homens do forcado portaram-se bem, e fizeram algumas boas pegas de cara e uma de cernelha. Os touros que se não prestaram às sortes foram recebidos com apupos e assobios.
Tocaram duas bandas, sendo uma a de caçadores 9 e outra particular. A praça achava-se inteiramente adornada de bandeiras e festões de flores, e exteriormente de grande número de mastros com bandeiras. Estas estendiam-se igualmente pela rua da Boavista até ao campo de Santo Ovídio [hoje praça da República] e até parte da rua de Cedofeita. Em volta havia um perfeito arraial: barracas de comida, pipas de vinho, etc. Custava a transitar com a grande multidão que ali afluía, apesar do vento que fazia.

A praça é vasta. Além de quarenta e tantos camarotes, tem uma galeria no sol, ao correr destes, e outros à sombra e ao sol por baixo dos camarotes e daquela outra galeria. Por cima da parte reservada ao cavaleiro acha-se o coreto para a música e defronte dele o camarote da autoridade, tendo pintadas por baixo as armas da cidade. Defronte do touril fica o camarote destinado aos Srs. Governador Civil e geral da Divisão, e por baixo os lugares reservados para a imprensa. Há também um camarote real, onde na 6ª feira, apareceu o retrato do Sr. D. Luís, depois de se tocar o hino de S. M. Ao lado do touril, que tem vários compartimentos para o gado, acha-se uma enfermaria com os medicamentos necessários para quando suceda algum desastre, e os outros compartimentos destinados a diversos usos. Além disto há botequins ou restaurantes nos corredores que ficam por baixo das galerias do sol e da sombra. Em diversos pontos vêm-se dísticos com a data da fundação e inauguração da praça, e o nome do fundador, que o foi também da da Foz(2), o Sr. Augusto César Calhamar."(3)

i2 A Praça de Touros da Boavista dos anos 70 do séc. XIX ficou registada na planta referente ao alinhamento da rua das Valas (hoje rua de N.ª Sr.ª de Fátima) e da rua do Cemitério de Agramonte (com a sua capela e portões provisórios que se podem ver à esquerda). Localizava-se quase ao centro da futura praça Mouzinho de Albuquerque (vulgo, rotunda da Boavista), ainda que algo deslocada em direção à atual avenida de França - ver aqui.


Como curiosidade, refira-se que surgiu no jornal do sábado logo a seguir à corrida, uma notícia de um rapaz que tinha sido atropelado por um qualquer trem que passava naquela zona. Aparentemente, no meio da confusão de pessoas e trens a passar de um lado para o outro, no meio do reboliço; a pessoa fugiu! Um "atropelamento e fuga" daquele já relativamente longínquo tempo, aliás tão frequentes como agora, ao menos a julgar por notícias com que me fui deparando nos jornais.

De volta ao tópico da publicação; embora nas corridas de touros atuais tal não se dê, pela leitura dos jornais da época se vê que era frequente outro tipo de atuações, possivelmente nos intervalos dos touros. O exemplo que recolhi e que apresento abaixo, deu-se numa das corridas inaugurais de 1870, da Praça de Touros da Boavista:

«Na corrida de 3 de Abril houve um número cómico. O quinto touro foi destinado para o intervalo cómico. Foi protagonista desta diversão cómica, que entreteve alegremente os espectadores, o França, criatura de uma elasticidade admirável, que, vestido burlescamente, umas vezes espera o touro, e quando este insiste, vira-lhe as costas, deita-se-lhe entre as armas e deixa-se bolear por ele, outras farpea-o, mas em vez de lhe fugir, deita-se no chão e o touro passa-lhe por cima. O vestuário e as cabriolas deste cómico personagem provocaram a hilaridade do público, que o recompensou do tempo de desenfado que lhe fizera passar, não só aplaudindo-o, mas lançando-lhe dinheiro em abundância. O último touro reservado aos curiosos foi o remate verdadeiramente cómico da corrida. Ao princípio nenhum curioso se animou a saltar à praça, porém depois em vez de um apareceram uns poucos. Foram numerosos os trambolhões e boléus e à força de insistir alguns ferros recebeu o touro. A maior parte deles foram-lhe metidos por um curioso, que entre outros se distingiu notavelmente, sendo vivamente aplaudido. Um acrescido número de espectadores entusiasmados saudaram-no agitando os lenços e os aplausos não tinham termo. A concorrência foi numerosíssima. A praça tem sido melhorada, tendo-se aberto mais entradas, para galerias e colocado portas em alguns camarotes, trabalhos que ainda continuam.»

Mas a apetência do portuense por este tipo de espetáculos nunca escorreu em abundância... e as praças de touros cedo começaram a ficar vazias de espetadores, após a passagem do entusiasmo da novidade. Várias outras existiram, a mais famosa, o Real Coliseu Portuense, a única construída com a ideia de permanecer no tempo(4), não durou uma década! Outras com ela coexistiram, nomeadamente na Serra do Pilar e na rua da Alegria. E o que poucos saberão, é que também na zona das Antas uma nova praça de touros esteve para surgir já no século XX, aquando da urbanização daquela área nos anos 40. Tal projeto, no entanto, não terá passado do papel.

i3 quem sabe que a praça Francisco Sá Carneiro (ex-praça Velasquez) é circular  porque se destinava a receber uma praça de Touros?


- Para saber mais, proponho a leitura do artigo Touradas no Porto - História de uma Evolução de Sérgio Caetano (2013);
- O pesquisador mais interessado poderá pedir aqui a reprodução de um protesto público de diversos organismos e particulares do Porto contra a autorização de corridas de touros de morte, datada de 1933.
Viriato


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1. Na verdade este número de touros repartiu-se por corridas que tiveram lugar nos dias subsequentes à inauguração da praça.
2. Em Cadouços.
3. De O Comércio do Porto de 27 de março de 1871.
4. Tivesse ela chegado aos nossos dias e seria agora mais um "Qualquer Coisa Arena - Real Coliseu Portuense"...

 > Publicação original d' A Porta Nobre, em 28 de Julho de 2020. <

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Peste de 1899 - um apontamento

Apesar dos altos números de infeção neste inverno de 2021(1), creio que nos encontramos hoje na fase descendende da pandemia que tem vindo a condicionar a sociedade portuguesa, desde março de 2020. Os seus efeitos reais a médio e longo prazo na vida das pessoas ainda estão por demonstrar; e só agora, com o início da normalização, iremos realmente colher os frutos de todas essas condicionantes. Um desses aspetos, particularmente no que toca ao ano de 2020, foi o assistirmos a uma forte estagnação da economia, com grande parte da atividade comercial parada. Foi esse precisamente o pensamento que me veio à memória ao ler o pequeno texto que se segue; que nos prova que o que foi por vezes volta a ser, mesmo que muito não se queira... Pois que de facto, neste extrato do relatório anual da Caixa Filial do Banco de Portugal no Porto referente ao exercício de 1899, podemos notar vários paralelismos com o nosso tempo:


« (...) Com relação à segunda parte referente ao segundo semestre [do ano] e já sob a administração defintiva que tomou posse a 20 de Junho, deram-se ocorrências de tão transcendente importância na praça do Porto, que não podemos deixar de nos referirmos a elas, pela influência extraordinária que tiveram no resultado das operações.

Declarada oficialmente a peste bubónica nesta cidade(2), impostas medidas sanitárias do maior rigor e cerrada a cidade pelo cordão militar - estabeleceu-se o pânico e daí a saída precipitada de milhares de pessoas, agravada com o impedimento na vinda dos foresteiros que, especialmente, na época balnear dão considerável impulso às transações comerciais.

A perturbação que este estado de cousas causou na situação económica da cidade, provocou os mais enérgicos protestos de toda a população, principalmente do comércio e da industría que eram os mais declaradamente afetados.

A Caixa Filial do Banco de Portugal situava-se, naquela época, no muito transformado 'Dormitório Novo' do convento de S. Domingos (imagem: Banco de Portugal)

Não desejamos referir os sobressaltos e inquietações que tivemos de suportar, tendo, como tinhamos, interesses de maior monta a salvaguardar e defender, vendo o comércio fechado, as fábricas paradas, os operários na rua, e o movimento comercial dos novos portos marítimos absoluta e completamente paralisados.

Nestas circunstâncias, como V. Exas. bem podem avaliar, atravessou a nossa praça um período cortado(?) de dificuldades e inquietações.

Perante uma situação tão assustadora e de tão anormal gravidade - reconhecida por V. Exas. em sua carta confidencial de 29 de Agosto, em que, mais que nunca, nos recomendavam a costumada prudência no andamento das operações desta Caixa - imediatamente pusemos em prática todas as medidas que ao nosso critério pareceram adequadas para acautelar e defender os interesses que nos estão confiados e fomos obrigados a empregar algumas restrições e reserva nas operações de desconto e transferências, sendo-nos muito grato poder, hoje, assegurar a V. Exas. que o nosso procedimento não levantou reclamação alguma na praça.

A forma como acatamos, cumprindo o nosso dever, as recomendações de V. Exa., traduz-se na convicção em que estamos de que encerramos o exercício sem prejuízos a registar. »


Consegue o leitor encontrar, nestas sucintas linhas, pontos em comum com a pandemia da COVID-19? Não duvido que sim.

Viriato


P.S. Quem pretender aprofundar um pouco o que foi a vivência da cidade durante o cordão sanitário, recomendo a leitura da interessante dissertação de mestrado de David Pontes, Para saber mais: "O Cerco da Peste no Porto - cidade, imprensa e saúde pública na crise sanitária de 1899" - FLUP/2012.


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1. Este é mais um texto recuperado do blog que perdi, originalmente publicada em 23/11/2021, agora sofrento ligeiras alterações.

2. Foi a 4 de Julho daquele ano, que Ricardo Jorge recebeu a primeira notícia, oficiosa, de umas mortes inusitadas de carrejões da rua da Fonte Taurina.

FONTE: Livro 1.º de relatórios da Caixa Filial do Banco de Portugal no Porto, à guarda do Arquivo Histórico do Banco de Portugal